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Palmada em criança? Um absurdo

PALMADA, NÃO!
Psicólogos lançam campanha contra os tapas em crianças e afirmam que esse modo de impor limites não ajuda a educar
Por Camilo Vannuchi, Carla Gullo e Eliane Lobato

A criança esperneia, chora, se joga no chão. Abre o maior berreiro no corredor do supermercado. A mãe tenta conversar, argumentar. Nada. Dá uma bronca. A cena piora. Vencida, dá uma palmada no bumbum e, como mágica, a manha cessa. Ao redor, olhares aliviados pelo fim do barulho aprovam a atitude da mãe. Afinal, seu papel é educar os filhos e exigir disciplina. A famosa palmadinha é socialmente aceita, apesar de muitos psicólogos e educadores trabalharem para mudar essa mentalidade. Prova disso é a campanha intitulada “A palmada deseduca”, lançada recentemente por especialistas do Laboratório de Estudos da Criança (Lacri), do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). “Queremos mostrar para a comunidade que há outra maneira de educar, sem violência”, explica a coordenadora da campanha, Cacilda Paranhos.
Os psicólogos se miram em exemplos de países que proíbem legalmente a palmada e acreditam que um dia medidas semelhantes possam ser adotadas no Brasil. “A palmada causa dor e traz sequelas como dificuldade de se relacionar e baixa auto-estima. E não educa. O que educa é amor, carinho e respeito”, ensina Cacilda, mãe de uma menina de 15 anos que nunca levou uma palmada.

Entre os alertas feitos pelos psicólogos, está o caráter progressivo da palmada. “Você dá um tapinha num dia, no outro um mais forte e, de repente, está dando uma surra”, acredita a psicóloga. Esse tema foi amplamente discutido na semana passada durante o seminário Violência e Criança, uma realização conjunta da USP e da Universidade de Tel-Aviv, em Israel, onde a palmada foi proibida em 1996. Especialistas de diversas áreas relacionadas à saúde fizeram questão de frisar a estreita relação entre castigo físico e outras formas de violência doméstica. Ao bater numa criança, os pais mostram a ela que o uso da força física é uma maneira legítima de se conseguir rapidamente o que se deseja. Assim, desperta um sentimento de agressividade inerente ao ser humano. “Se a criança leva um tapa num dia, ela pode dar no outro. Isso dá margem a atos violentos”, acredita a psicóloga paulista Ângela Minatti.
Em crianças com menos de dez anos, o resultado da palmada pode ser ainda pior. Ela corre o risco de se tornar apática, tímida, com medo de se colocar. Simone Gonçalves Assis, professora da Escola Nacional de Saúde Pública do Rio de Janeiro, afirma que os pequenos têm maior propensão a desenvolver traumas, o que pode comprometer seu futuro. “Até os dez anos, a criança tende a interiorizar um sentimento de frustração intenso. A partir dessa idade, os jovens submetidos a palmadas podem assumir um comportamento agressivo contra os próprios pais e contra a sociedade”, diz. Em vez de praticar a violência, portanto, os adultos devem dar o exemplo. Mostrar que o diálogo ainda é o melhor método para se chegar a um acordo. “Imagine se os irmãos estão brigando e o pai dá um tapa em cada um para ensiná-los que bater é errado. Nada mais incoerente”, diz Cacilda Paranhos.
Fica uma interrogação, no entanto, se a famosa “palmadinha de amor” – ou um simples tapinha no bumbum – é tão nociva quanto surras constantes. “Palmada sempre é agressão. E criança não é saco de pancada”, diz Maria Amélia Azevedo, coordenadora do Lacri. Um estudo realizado por especialistas do laboratório mostrou que os filhos não consideram um tapa prova de preocupação e amor. “Quando perguntamos a uma criança o que ela sente após uma palmada, as respostas mais frequentes são raiva, dor e tristeza”, conta Maria Amélia. “Tapa de amor é uma invenção dos adultos. ‘Isso é para o seu bem’ é a desculpa mais esfarrapada que os pais já inventaram”, afirma, taxativa.
Tapinha eventual – Grande parte dos educadores e psicólogos concorda com Maria Amélia. Mas alguns admitem o tapinha eventual. O psicoterapeuta Ari Rehfeld, supervisor da Clínica Psicológica da PUC de São Paulo, por exemplo, não condena totalmente a palmada. “Na maioria das vezes, ela é dispensável. Mas em alguns momentos, quando a criança extrapola todos os limites, é até permitida”, pondera Rehfeld. Para ele, o ideal é não bater, mas pior do que um tapinha no bumbum são os gritos e a raiva. “Essa geração pós-hippie, que são os pais de hoje, adotou o lema do ‘é proibido proibir’ e vai a extremos”, diz o psicólogo. “Por exemplo, a mãe chega em casa, encontra o filho pintando a parede da sala e exclama: que lindo!, mas por dentro está com uma tremenda raiva. A criança sabe que aquela aprovação é falsa e fica sem saber qual conduta deve assumir”, completa ele.


A professora da Escola Nacional de Saúde Pública do Rio de Janeiro, Maria Cecília Minayo, concorda com Rehfeld. “Uma palmada não é pior do que a violência psicológica, largamente utilizada nas famílias de classe média. É muito ruim para a criança ouvir coisas como ‘você não faz nada direito’ ou ‘não dá para confiar em você’”, acredita. Enquanto a palmada encerra imediatamente a discussão, broncas desse tipo remoem por muito tempo na mente das crianças. “A auto-estima fica lá embaixo. É duro ser desprezado e desacreditado pelos próprios pais”, diz. Ela não defende o tapinha, mas prefere isso à violência psicológica. “Uma palmada é muito diferente de pancadaria. Algumas mães dão tapas que mais parecem carinho apenas para marcar posição. O filho nem percebe a dor, somente a bronca. Muitos pais pedem desculpas logo depois da palmada.”
Uma palmada leve, portanto, seria melhor do que uma comunicação ambígua ou a tortura psicológica. Para Rehfeld, o importante para a criança é a incondicionalidade do amor. Ou seja, ela tem de saber que os pais a amam de qualquer maneira, independentemente do que ela faça. Mas nem por isso é permitido abusar. Em geral, os pais batem porque se descontrolam. E se descontrolam porque não deram limites na hora certa – e, portanto, a criança perde os parâmetros e extrapola. Outros batem por pura falta de informação. Por exemplo: a criança põe a mão na tomada e leva um tapa para “aprender” a não fazer isso. No fundo, o erro é do adulto. “É besteira dar um tapa em uma criança pequena quando ela está prestes a colocar o dedo na tomada ou brincando perto da janela. Ela não sabe o que é choque elétrico e apanha sem entender. Quem merece apanhar é o pai que deixa tomadas e janelas sem proteção”, alfineta Maria Amélia.
Conversa – Em meio a tantas opiniões e, ao mesmo tempo, massacrados pela crítica de que não sabem colocar limites, os pais ficam perdidos entre a maneira mais indicada (ou menos errada?) de educar. Vários especialistas concordam que uma forma é conversar, ouvir a criança e expor de maneira clara o que é certo e o que é errado. No meio de um acesso de raiva – momento em que a criança se desliga do mundo e entrega-se ao drama –, é importante fazê-la pensar e ouvir seus argumentos. Para crianças bem pequenas, o melhor é desviar o foco de atenção, dando-lhes um brinquedinho ou mudando-as de ambiente. Não adianta tentar explicar muita coisa, já que elas provavelmente não vão entender nada. Mas tapa, nem pensar.
Chiliques de crianças maiores também não precisam ser resolvidos com violência. Um jeito bastante eficiente, ensina a educadora Tânia Zagury, é não ficar assistindo ao ataque. “Em primeiro lugar, deve-se colocar a criança em segurança. Ou seja, tirá-la de perto de qualquer perigo como cadeiras ou paredes, porque muitas vezes elas chutam objetos e se machucam”, diz Tânia. “Depois, o melhor é tentar manter a calma e dizer ao seu filho que você não irá assistir àquela cena. Quando ele se acalmar vocês irão conversar. Sem platéia, não há espetáculo. Em pouco tempo, a cena termina”, conclui. Depois de tudo apaziguado, se a criança tocar no assunto, é importante conversar. Senão, não é preciso necessariamente voltar ao tema da crise. Tânia faz parte de um grupo de educadores que se empenham em estudos e obras na tentativa de ajudar os pais na difícil tarefa de educar. Ela acaba de lançar um livro intitulado Limites sem trauma (Ed. Record), no qual apresenta de maneira didática as melhores formas de se definir limites. Mãe de dois adolescentes, ela nunca lançou mão da palmada. E, garante, não se arrependeu. “Os pais têm a ilusão do resultado imediato, mas não conseguem resultado educacional.”
Castigos – Muitos pais, entretanto, preferem aplicar castigos no lugar da palmada. Conforme a cartilha do Lacri, este tipo de punição pode ser utilizado quando a criança tiver pelo menos três anos, idade em que já associa o castigo ao motivo. “O importante é tirar da criança algo de que ela goste”, sugere Cacilda Paranhos. Sempre que possível, deve-se manter relações lógicas entre a natureza da malcriação e a penalidade conferida. “Não adianta instituir que o castigo será sempre tirar a sobremesa. Cada coisa errada que a criança faz deve ser tratada de forma diferente”, ensina Cacilda. Se o problema for boletins cheios de notas vermelhas, por exemplo, o videogame pode ser abolido. Afinal, o tempo gasto com o jogo deveria ser substituído por estudo.
O jornalista mineiro Luís Lobo concorda que o castigo faz parte da educação. Mas é bastante cauteloso quando fala na maneira de aplicá-lo. “Os pequenos de até cinco anos devem ser punidos no momento da falta. E não é aconselhável transferir o castigo. Dizer, por exemplo, ‘você vai ver quando seu pai chegar’ provoca medo e não respeito”, afirma Lobo. Ele defende que o castigo nunca deve estar ligado a ações cotidianas. Por exemplo: mandar a criança parar de fazer bagunça e, se ela se recusar, pôr na cama como castigo. “Ela vai ligar o ato de dormir a algo ruim”, explica. Radicado no Rio de Janeiro, pai, avô e autor de vários livros sobre educação infantil, Lobo afirma que nunca deu uma palmada em seus filhos. “Acho covardia. Mas beliscão é pior ainda. Humilha”, opina. Cabe aos pais, portanto, manter a calma e refletir sobre a posição dos especialistas. Os futuros adultos agradecem.
Camilo Vannuchi, Carla Gullo e Eliane Lobato
O exemplo de fora
Ricardo Giraldez

Em países como Noruega, Dinamarca, Suécia e Israel, os castigos físicos começaram a cair de moda na década de 70 e, atualmente, a prática da palmada pode ser punida por lei. Nascida na Áustria e radicada na Noruega, Clara Karoliussen se espantou ao chegar a Santos, há dois anos. Mãe de Vebjorn, um menino de sete anos, ela jura nunca ter levantado a mão para ele. “Aqui, os pais batem nas crianças no meio da rua, coisa que jamais aconteceria na Noruega ou na Áustria, onde a palmada é mal recebida pela sociedade”, garante. Lá, os filhos submetidos a palmadas têm o direito de entrar na Justiça e pedir indenização aos pais. Mas isso raramente acontece. “Os pais nem se preocupam com a lei. Eles não cogitam bater no filho. Em compensação, os limites são bastante definidos”, diz Clara.
Palco de intermináveis batalhas entre judeus e palestinos, Israel possui uma das mais avançadas legislações em prol do bem-estar da criança. Desde 1996, ela prevê punições para quem bater nos próprios filhos. “É dever do Estado garantir os direitos humanos de qualquer cidadão. Ainda mais quando o agressor é responsável pela vítima”, explica Dan Shnit, professor da Escola de Serviço Social da Universidade de Tel-Aviv. “Um tribunal decide a pena. Ninguém é condenado só porque deu um tapinha no filho. Mas, em caso de reincidência ou de surras violentas, os pais podem ser considerados criminosos”, considera. “Em último caso, os agressores podem ser presos e seus filhos, encaminhados para adoção”, alerta.



Pata de galinha...
Renato Velasco

André Luis Moreira, 34 anos, defende a palmadinha no bumbum. Pai de Ana Luísa, dois anos, Moreira acha que seus tapas não machucam a filha. “Pata de galinha não mata pinto”, acredita. Separado da mãe de Ana Luísa, Moreira admite conviver pouco com a filha. Ele não sabe citar os momentos em que a palmada é necessária. Mas confessa: “Se ela morasse comigo, levaria uns tapinhas. Também levei alguns quando era criança. Acho que a conversa e o castigo funcionam melhor, mas nem sempre resolvem.” Ana Luísa conta que leva uns tapinhas quando faz “arte”. “Mamãe bate aqui”, diz ela, apontando para o bumbum.


 
A primeira vez
Max G. Pinto

A engenheira eletrônica Cynthia Faleck, 44 anos, nunca havia dado um tapa na filha, Beatriz Behar, 11. Até que a menina começou a ir mal em Matemática e a omitir as notas para a mãe. “A gota d’água foi quando eu pedi para ver uma prova e ela mentiu, dizendo que não estava com ela”, conta Cynthia. “Não tive dúvida, bati com o chinelo.” Ela afirma ter ficado bastante chateada, mas o corretivo parece ter tido resultados. Beatriz melhorou na escola e prometeu não mentir mais para a mãe. “Escondi a nota porque tinha vergonha. Mas acho que o corretivo foi bom. Eu precisava que alguém me mostrasse que não era correto o que eu estava fazendo. Pior do que isso seria se minha mãe me deixasse com culpa, dizendo que fui mal porque não estudei. Isso dói mais do que qualquer surra”, afirma Beatriz.


Bater, jamais
Renato Velasco

A dentista Fernanda Belotti, 40 anos, não encosta a mão na filha por nada. Mãe de Maria Eduarda, nove anos, ela é contra a pedagogia do tapa, mas reconhece que o temperamento da menina ajuda muito. “Duda é compreensiva. Mas eu também sou extremamente tolerante. Tenho paciência para falar mil vezes a mesma coisa”, diz.
No máximo, grita com a filha. Fernanda não segue o exemplo dos seus pais. “Eu levei muitas palmadas. Éramos cinco filhos e todos nós apanhávamos. Lembro do meu pai dirigindo e a gente fazendo bagunça no banco de trás. Ele avisava: ‘Vou virar a mão. Onde pegar, pegou.’ E virava mesmo. Hoje, eu até ameaço. Mas a Duda sabe que eu jamais vou bater nela”, promete.



Amor em campo
Carlos Magno

Isabel tem quatro filhos: Pilar, 21 anos, Maria Clara, 17, Pedro, 14 e Carolina, 13. Cada filho foi criado de um jeito. Mas eles têm algo em comum: todos levaram umas palmadinhas. Isabel não conta qual deles foi o mais “encapetado”, como diz. Mas se lembra que Pedro era o mais teimoso. Quando algo o aborrecia na rua, tinha a mania de se afastar dos familiares e andar atrás de todos. Para a mãe, isso era inadmissível porque ficava desprotegido. Como resolvia? “Dava uma boa sacolejada”, diz Isabel. “Acho que castigo funciona melhor. Muitas vezes eu mandava ir para o quarto pensar.” A jogadora faz um mea culpa: “Acho que faltou mais rigor na vida deles, teria sido melhor dar noção de limites mais claramente. Mas não existe receita de bolo para criar filho. O importante é ter amor em campo. Sou absolutamente contra bater para machucar.”


Barganha
Carlos Magno

A modelo Luiza Brunet descarta a possibilidade de educar batendo. Sua primeira filha, Yasmim, 12 anos, foi educada com muita conversa e barganha. “É tudo na base da troca. O tapa dói na hora e depois passa. Prefiro tirar algo e a criança não esquecerá”, diz. Mas, reconhece, Yasmim sempre foi calma e obediente. Agora, Luiza enfrenta um novo desafio: o pequeno Antonio, de um ano e cinco meses. “Ele é diferente de Yasmim. É hiperteimoso.” Mesmo sabendo que Antonio poderá dar mais trabalho, Luiza não quer dar palmadas. “Não acho que precisa. Até hoje, temos resolvido os problemas conversando”, garante. O marido, Armando Hernandez, apóia a mulher, mas admite dar uns tapinhas. “Antonio gosta de brincar de dar tapas, às vezes é violento. Com um ano e meio, eu digo para ele que não pode fazer isso. Mas quando tiver 3, se der tapa, vai levar também. Ele tem que ter limites.”


Castigos leves
Ricardo Giraldez

Mãe de Joaquim, nove anos, e Alice, sete, a florista Suzana Medina, 35 anos, apela para umas palmadinhas quando os pequenos não atendem às conversas. “Eu argumento, dou uma bronca. Nessa ordem. Se não funciona, dou um tapinha. Mas eles sabem que nem por isso gosto menos deles. Ao contrário”, conta Suzana. “Mas bato muito raramente. Em geral, aplico castigos leves, como um dia sem ver tevê ou sem brincar com os amigos. Nessa idade , é mais fácil argumentar do que com a criança pequena.” Suzana acredita, entretanto, que gritos e sermões podem ser piores do que uma palmada. “A maioria das mães passa sermões intermináveis. A criança não ouve. Sei que é difícil manter a calma e conversar, mas, sem dúvida, essa é a melhor maneira.”
Produção: Livia Mund. Modelo: Victor Nestleni/Fashion


FONTE: Instituo de Psicologia

Comentários

  1. Uma só não quantas forem necessárias. Hoje que tem esses melindres, por esta razão esta ai o que vemos total falta de respeito e educação.
    Abraços forte

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  2. Bem amado, levei boas palmadas e não foram poucas não, pois era muito levado e nem por isso me voltei contra meus pais e muito menos me tornei um homem agressivo, criei meus filhos também com boas palmadas e são ótimos, o que acontece são modimos e nada mais.
    A paz

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  3. Olha, que me perdoem todos os psicólogos, professores e afins. Eu penso que o diálogo é o melhor caminho para educarmos os nossos filhos, por isso, raramente, mas muito raramente mesmo, lhes dou uma palmada. Mas garanto-te que darei todas aquelas que achar necessárias no momento próprio. Realmente traumatizante é os pais inverterem as funções: a autoridade é o filho. A criança é caprichosa, ok, deixa ser. É mal criada? Ok, deixa ser. A criança quer fazer tudo o que lhe dá na gana? Deixa fazer. Isso não é benéfico para as crianças!

    Realmente, não poderei pronunciar-me sobre os casos de outros países, porque não conheço a legislação. Posso no entanto especular: penso que os textos são especulativos.

    Abraços
    Luísa

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  4. Meu Caro.
    Um belo texto, mas condordo com a Luísa.
    Não que seja a favor do tapa, o diálogo é sempre melhor.
    Entretanto, há casos que um tapinha até ajuda mesmo porque "pé de galinha não mata pinto".
    Abraços

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  5. Eu e meus irmãos apanhamos muito e nem por isso somos desequilibrados, nem estamos vivendo com traumas.
    Psicólogo sempre fala que o melhor remédio para educar é conversar. Só uma pergunta: Os psicólogos agem dessa maneira?
    É tão fácil dizer o que pode e o que não pode fazer, quando a coisa não é com a gente.
    Não estou dizendo que tem que bater pra valer, mas umas boas palmadas não mata ninguém!
    Excelente post!
    Bjos,
    Luka

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  6. Eu sou afavor de bater em criança, garanto q a maioria aqui apanharam quando fizeram 'travesuras' e ninguem virou um retardado ou agressivo

    Esse papinho ai só vai deixar as crianças mais sem limites, acredite, uma palmadinha não vai fazer mal nenhum

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  7. eu sempre apanhei da minha mãe, desde pequena..
    qualquer coisinha eu apanhava, eu nem lembro oque eu fazia..mas eu fui uma criança muitooo tímida, com auto-estima baixa, insegura, meio deprimida..e eu era muito sentimental, me sentia muito triste toda vez que minha mãe me batia :\ lembro do meu aniversário de 7 anos que eu fiz algo e ela me bateu, e eu fiquei toda sentida porque "era meu aniversário" :P e quando ela me ofendia, ou dizia que eu não tinha coração, eu ficava triste também.. já fiquei com roxos umas vezes, já quis denunciar, porque depois de adolescente aquilo me deixava louca @_@ sou totalmente contra agressão em crianças, elas não tem a mesma noção que adultos, elas não tem consciencia ou ética formada ainda, moral..ensine, se ela se jogar, fazer merda.. ignore..deixe-a de castigo, converse, mas não bata.

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  8. VIVA a moderna psicologia que diz ser errado impor limites aos seus filhos.

    Albroguete ta certo, RESERVA MORAL PRO BRASIL.

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  9. É isso ai, vamos dando razao para esse bando de 'atoa'' que sao esses pseudos pais psicologos e esse bando de politico que só faz roubar nossa contribuição e ditar como se educa os filhos, dai quando o jovem, e belo filhote saipor ai a roubar, matar e cometendo todo tipo de insanidade, não vem dizendo que é culpa disso ou aquilo. É cupla de pais omisso que não estiveram durante o desenvolvimento da personalidade de seus filhos.
    Sou pai de um garoto de 5 anos. Já dei um ou dois tapas em sua bunda e chamo-lhe a atenção com rispidez quando é necessario. Estou criando um homem para viver em sociendade, não um marginal. Limite tem que ser imposto aos jovens. Nada de escolha. Jovem não sabe o que quer e uma criança menos ainda. Acham que o mundo gira ao seu redor.
    Um tapa nao faz mal. Nao digo para espancar, mas de sim corretivos que podem ser advertencias, castigos, privaçoes e tapas sim.

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  10. Me desculpe, não sou pai ainda, porem tenho certeza absoluta que sem umas palmadas de vez em quando, a criança não reconhecera limites, por mais que haja conversa. essa historia de que palmadas nao adianta é balela pois concerteza adianta.

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  11. Umas palmadas de vez em quando não faz mal à ninguém,o que não pode ocorrer é a violência gratuita e desnecessária,a agressividade sem limites.Levei tapas na infância que hoje vejo que foram de complemento na minha educação, é claro que sempre diálogo é melhor o caminho, não retiro nada das formas postas acima de educar,entretanto um tapinha no bumbum da criança não irá faze-la sofrer de depressão ou virar um criminoso mais tarde.Isso é hipocrisia.

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  12. to afim de abrir uma campanha:
    "soque o nariz de um psicólogo"...

    alguem me acompanha??

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  13. Acredito que todas as pessoas acima que justificam bater em seus filhos ou defendem as palmadas já apanharam de seus pais e são boas pessoas, não tem problema algum em suas vidas né?! Acredito que todos são seres humanos perfeitos, sem medos, honestos, justos?! Não, são pessoas que ao invés de refletirem em cima de erros anteriormente cometidos em suas vidas preferem continuar fazendo o errado. Palmada adianta para assustar a criança, fazer com que ela pare de fazer o que está fazendo drasticamente. Quero ver quem tem voz, autoridade de mostrar os limites sem agressão, apenas demonstrando respeito e buscando assim respeito de seus filhos. Deem o exemplo. Parem de bater, demonstrem com carinho, paciencia. Criem seus filhos com respeito ao próximo e a sí mesmos.

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  14. depois de ler o post e os comentários dos leitores, me deu um grande peso na minha consciência e me deixou uma grande dúvida...o peso da minha consciência é devido aos beliscões que quando estou na igreja não tem como conversar e nem dar uma palmada ai então eu beliscava, na verdade eu sabia que não podia beliscar mas não tinha percebido o quanto eu estava ferindo minha filha.E a minha dúvida é a respeito da palmada, ouvi um pregador da palavra de Deus falar sobre aquele versículo da bíblia que diz, (A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha sua mãe) provérbios:29.15 Edição Almeida corrigida e revisada 1994. (É bom corrigir e disciplinar a criança.Quando todas suas vontade são feitas, ela acaba fazendo sua mãe passar vergonha) pv:29.15 Nova Tradução na Linguagem de Hoje, Sociedade Bíbilca do Brasil,2000(Não deixe de corrigir a criança.Umas palmadas não a matarão,para dizer a verdade,poderão até livra-la da morte) pv:23:13 e 14 ,Nova Tradução na Linguagem de Hoje Sociedade Bíblica do Brasil 2000.

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  15. fantástico esse artigo, vou usar como base para realizar um trabalho da faculdade e citar seu site que aliás é mto bom... parabéns

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  16. Realmente esse assunto em questão é bem polêmico mas a forma como foi abordado e debatido aqui sem sombras de duvida foi muito produtivo e importante a ponto de que também estarei utilizando tal materiael para um trabalho de faculdade. È interressante saber o que as pessoas pensam e fazem na pratica em relação a esta questão. Estou no primeiro ano do curso de psicologia tudo ainda é novo pra mim por isso achei esse material bem interessante e importante pra me auxiliar..valeu..muito obrigado..

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