Você acha que o governo deveria intervir, ou esta é uma questão apenas de tradição e costumes?
Hakani é uma indiazinha brasileira que escapou da morte graças a coragem de seu irmão mais velho. A sua história poderia ser a mesma de diversas crianças indígenas que são enterradas vivas na Amazônia, mas felizmente ela sobreviveu e encontrou uma família que a adotasse, outras crianças nem tiveram quem as defendessem.
“Hakani, Enterrada Viva – A história de uma sobrevivente” é o documentário que conta a jornada dessa pequena garota e denuncia o fato dos direitos da criança e do adolescente não serem aplicados às crianças indígenas.
Sinopse" do documentário:
HAKANI nasceu em 1995, filha de uma índia suruwaha. Seu nome significa sorriso e seu rosto estava sempre iluminado por um sorriso radiante e contagioso. Nos primeiros dois anos de sua vida ela não se desenvolveu como as outras crianças – não aprendeu a andar nem a falar. Seu povo percebeu e começou a pressionar seus pais para matá-la. Seus pais, incapazes de sacrificá-la, preferiram se suicidar, deixando Hakani e seus 4 irmãos órfãos.
A responsabilidade de sacrificar Hakani agora era de seu irmão mais velho. Ele levou-a até a capoeira ao redor da maloca e a enterrou, ainda viva, numa cova rasa. O choro abafado de Hakani podia ser ouvido enquanto ela estava sufocada debaixo da terra.
Em muitos casos, o choro sufocado da criança continua por horas até cair finalmente um profundo silêcio – o silêncio da morte. Mas para Hakani, esse profundo silêncio nunca chegou. Alguém ouviu seu choro, arrancou-a do túmulo, e colocou nas mãos de seu avô, que por sua vez levou-a para sua rede. Mas, como membro mais velho da família, ele sabia muito bem o que a tradição esperava dele.
O avô de Hakani tomou seu arco e flecha e apontou para ela. A flechada errou o coração, mas perfurou seu ombro. Logo em seguida, tomado por culpa e remorso, ele atentou contra a própria vida, ingerindo uma porção do venenoso timbó. Para Hakani, ainda não era a hora de cair o profundo silêncio; mais uma vez ela sobreviveu.
Hakani, tinha apenas dois anos e meio de idade e passou a viver como se fosse uma amaldiçoada. Por três anos ela sobreviveu bebendo água de chuva, cascas de árvore, folhas, insetos, a ocasionalmente algum resto de comida que seu irmão conseguia para ela. Além do abandono, ela era física e emocionalmente agredida. Com o passar do tempo Hakani foi perdendo seu sorrido radiante e toda sua expressão facial. Mesmo assim o profundo silêncio não caiu sobre ela. Finalmente foi resgatada por um de seus irmãos, que a levou até a casa de um casal de missionários que por mais de 20 anos trabalhava com povo suruwahá.
Esse casal logo percebeu que Hakani estava terrivelmente desnutrida e muito doente. Com cinco anos de idade ela pesava 7 quilos e media apenas 69 centímetros. Eles começaram a cuidar de Hakani como se ela fosse sua própria filha. Eles cuidaram dela por um tempo na floresta, mas sabiam que sem tratamento médico ela morreria. Para salvar sua vida, eles pediram ao governo permissão para levá-la para a cidade.
Em apenas seis meses recebendo amor, cuidados e tratamento médico, Hakani começou a andar e falar. Aquele sorriso radiante voltou a iluminar seu rosto. Em um ano seu peso e sua altura simplesmente dobraram. Hoje Hakani tem 12 anos, adora dançar e desenhar. Sua voz, antes abafada e quase silenciada, hoje canta bem alto – uma voz pela vida.
"Centenas de crianças indígenas, rejeitadas por suas tribos, são enterradas vivas no Brasil todos os anos. Essa é uma prática antiga, encontrada ainda em mais de 20 povos indígenas diferentes. Muitas dessas crianças são recém-nascidas. Outras são mortas aos 3, 5, e até 11 anos de idade. Centenas delas são condenadas à morte por serem portadoras de deficiências físicas ou mentais, ou por serem gêmeas, ou filhas de mãe solteira. Muitas outras são envenenadas ou abandonadas na floresta porque os índios, por influência de tradições indígenas envolvendo bruxaria, acreditam que tais crianças trazem má sorte para a tribo."
Outro absurdo:
Olhem que absurdo, me senti na obrigação de postar pra vcs.Uma mulher abortou uma criança no meio do mato e tentou matar o próprio filho, enterrando-o numa toca de tatu e cobrindo com terra.
A sorte do bebê é que um cão de rua chegou até o local e cavou onde estava o bebê, já sufocando. O cão liberou a cabeça da criança que pode respirar. A terra aqueceu o corpo do bebê, mas não impediu a ação das formigas e insetos.
Contra todas as probabilidades, o bebê sobreviveu e foi resgatado por moradores locais.
(images fortes)
(http://img11.imageshack.us/img11/4841/33585923.jpg)
Que tradição arrepiante!
ResponderExcluirÉ uma selecção tribal extremamente cruel. Não sabia que o infanticídio era uma prática tão vulgar entre as tribos sul americanas.
Abraços
Luísa
É um absurdo mesmo, eu conheço essa matéria, e os "governantes" dizem que é a cultura dos índios...
ResponderExcluirQuando eu vi essa reportagem, estav com meu filho Junior, que é gêmeo da Vitória, e ele me disse:
"Mamãe, se a gente fosse índio, quem vc iria matar? Eu ou a Vivi? Ou mataria os dois?"
Eu respondi que com certeza fugiria da aldeia, porque acho um absurdo os pais matarem os filhos, sejam índios ou não, só por uma deformidade física, ou por serem gêmeos (que é o caso tbm do infanticídio indígena).
Deve ser revisto isso sim, pois uma vida é uma vida, seja ela em que etnia for...
Minha opinião.
Beijão, ótima semana
Não se deve julgar costumes e tradições quando nnão foi por eles que fomos criados! Sim não estou falando que é uma coisa boa, mas não temos como julgar como certo e errado, já que isso é relativo!
ResponderExcluirE quem diz que não mataria é mto pouco provavel que realmente não mataria se tivesse sido criados pelos costumes indigenas!
começo a achar que os portugueses não são os monstros da história...
ResponderExcluirMeio que seria um melhoramento genético? Cruel...
ResponderExcluirgente, é terrivel , eu sei, mas é muito mais complexo do que parece, não julguemos! eles não são criados como nós, é o tipo de seleção natural que eles utilizam, para perpetuarem a sua etnia!
ResponderExcluirinfanticidio é somente quando a gestante está em estado puerperal, e comete o crime grávida, ou logo após o nascimento do filho.
ResponderExcluirPortanto, nesse caso não seria infanticídio...mas sim homicídio.
Porém, a lei "protege" os indígenas, e não pune seus costumes.
Julgar uma cultura diferente da nossa é muito complicado. Mas acho que, nesse caso, deveria ser feito um trabalho com essas tribos para mudar esses costumes, debater, questionar, levar informação e fazer com que as pessoas reflitam sobre essa prática. Simplesmente chegar e proibir não vai ter resultado nenhum. O que deve ser trabalhado é a conscientização. Respeitar os costumes não quer dizer não questionar, não problematizar a questão. Eles podem ser transformados sem que haja um desrespeito à cultura alheia.
ResponderExcluirHORRIVEL MESMO...
ResponderExcluirDESUMANO...
O SER HUMANO É CAPAZ DE ATOS TOTALMENTE CRUÉIS POR FIDELIDADE A UMA RELIGIÃO, CRENÇA, HABITOS...
ESTOU ACHANDO QUE DEVERIAM INTERVIR PARA MUDAR ISTO...AFINAL NÃO SÃO ANIMAIS, SÃO HOMENS!
MAS MUDANDO DE ASSUNTO, ADOREI O BLOG...NÃO HÁ COMO NÃO SEGUIR.
PARABÉNS!
Qualquer ato cruel e desumano não pode ser caracterizado como cultura, religião, tradição ou ignorância cultural.
ResponderExcluirQualquer um com certeza acha esta prática horrível e é mesmo um crime, pois seja como for existe realmente um homicídio, trata-se de vidas humanas que são tiradas: uma vida é uma vida em qualquer parte do mundo, em qualquer cultura. Sendo praticada segundo e devido a um ritual ancestral de tribo não deixa de ser um crime, e é simplesmente isso que se deve julgar! O assassínio de um ser humano, ainda por cima uma criança indefesa, simplesmente não pode ser aceitável, como é que pode haver justificação ?! Os indígenas no entanto fazem-no porque vivem ainda pelas leis da natureza, da selecção natural, dos mitos, logo não podem ainda entender que não tem que ser assim,o seu sistema de pensamento é diferente. Mas nós, os "civilizados", que já estamos noutro patamar à frente, temos o dever de salvar essas vidas. Penso que também não poderá ser pela simples proibição, pois não iriam entender e poderia gerar novos conflitos, talvez fossem necessárias duas medidas paralelas: consciencializá-los do valor da vida humana mas também proteger essas vidas com medidas de retirada de junto das tribos. Mas parece que é mais fácil e cómodo justificar que são costumes ancestrais!
ResponderExcluirEste blog é muito interessante e viciante...
Desculpe, mas fiquei tão chocada ao ler o texto que nem estou conseguindo pensar direito no assunto para comentar aqui.
ResponderExcluirMas, a grosso modo, acho que cultura nenhuma é justificativa para atitudes tão cruéis. Isso é desumano!
Que horror!
ResponderExcluirA coberto das tradições cometem-se crimes terríveis. É completamente primitivo e os governos deveriam intervir no sentido de explicar e ajudar, proibir é contra producente.
Emilia
Brutalidade!!
ResponderExcluirNão é simplesmente os índios irem a Brasília dizerem que têm direitos não!! se estão no Brasil, têm q se enquadrar na Constituição!! Não tem esse negócio de cultura não!! Ou se enquadram ou cadeia neles!! Cabe a esse governículo de bosta colicar pelo menos uma lei em prática. Eu sei como é difícil para esse governo fazer algo certo. Mas tudo tem uma primeira vez!!
Nossa!
ResponderExcluirQuanto mais conheço os seres humanos, mais eu amo os animais!