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De Romântico e Louco, Todo Mundo Tem um Pouco!

Abrindo espaço para uma trilogia de colunas com temas polêmicos e interessantes.
A estréia será da escritora Jackie Freitas ( Dona de um blog que vale a pena ler o brilhante conteúdo que ela tem por lá)




"Ah... Como seria bom se vendesse em lojas de departamentos, poções mágicas de amor. Seria a cura para almas solitárias e perdidas ou seria a perdição de almas curadas!
O amor tem suas belezas e encantos, mas também carrega em si muita loucura. Faz de crianças, adultos envelhecidos e de velhos, crianças imaturas. Quantos de nós somos flagrados cometendo as maiores sandices e passamos imunes, despercebidos, considerados normais, porque para o amor, nada se torna ridículo e tudo é justificável.

Tenho uma amiga que de tanto amor, gostava de sufocar o seu amado! Sufocava-lhe com seus beijos apaixonados e intermináveis, com as repetidas frases “eu te amo” e “serei para sempre sua”. Nada lhe parecia estranho...  Tampouco ridículo. Lembro que numa viagem que fizemos para Campos do Jordão, sem querer entrei em seu quarto e me assustei por vê-los totalmente cobertos por um pesado edredom. Visivelmente não estavam fazendo nada demais, bom, pelo menos se fosse o que pensaríamos, seria até normal entre um casal; porém o que eles estavam fazendo de verdade? Pasmem, mas estavam compartilhando o cheiro de um pum! É, isso mesmo! Estavam na sessão “sufocamento”! Ela fazia um pum e cobria a cabeça dos dois para que juntos fossem inebriados por esse estranho aroma. Para eles, amar significava, inclusive, compartilhar puns! Até hoje não consigo entender essa filosofia, mas uma coisa é certa: aquilo devia ser viciante e apaixonante. Eles eram simplesmente malucos um pelo outro e viviam em permanente estado de êxtase. OK, êxtase do pum, mas estavam sempre com aquelas caras “maluco beleza”. Casaram-se, tiveram uma filha e ainda hoje dão as suas escapadinhas para fazerem o que mais gostam: dividir puns!

Mas a teoria do amor não diz que tudo deve ser compartilhado? No altar não se promete amar um ao outro em todos os momentos? Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na pobreza e na riqueza... Por que não acrescentar os puns como promessa?
O que vejo, na minha ótica mais crítica é que muitos dos “mentalmente perfeitos” precisariam de um pouco mais de insanidade em seus relacionamentos. Levar a vida, principalmente o amor, com menos seriedade e fazer desse sentimento um grande barato, uma piada de malucos. Seria legal não precisar ter a responsabilidade do amor maduro de vez em quando e deixar que os momentos “guti-guti” nos tomassem um pouco mais. Por mais insensato ou até ridículo que seja falar com o parceiro como se ele tivesse poucos meses de idade, criamos um código próprio para demonstrar um amor infantil, que de imaturo não há quase nada. É a forma mais espontânea de enxergarem um ao outro sem preocupar-se com os olhares perplexos que estão em volta.
Meu amigo, nos seus quase um metro e noventa de altura, um ícone de virilidade, não se envergonha de ficar em casa lendo livros de auto-ajuda enquanto a sua amante sai para beber com as amigas. Ele entende que deixar de jogar futebol com seus amigos possa deixá-la perturbada e insegura e por isso precisa de livros para “trabalhar” esse seu comportamento anormal. Vai entender o grau de loucura que o atinge quando abre mão de um prazer para satisfazer a um capricho da amante.
Mas quem estamos julgando? Não há julgamento no comportamento de duas pessoas que são felizes por estarem envolvidas em sua loucura. Principalmente se nesta loucura tiver a razão do amor. O amor é para ser louco mesmo! Quantos de nós não cometemos pequenas (ou grandes) loucuras por amor e nem nos damos conta?
Quantos de nós compartilhamos estranhos hábitos e formas de expressar o amor? Talvez aos nossos olhos tudo seja normal e se não for, o que é que tem?

Vou viver a minha vida, curtir o meu amor e preferir os loucos que amam a sensatos que apenas obedecem a um protocolo, que seguem uma fórmula velha e tentam dar razão a um sentimento sem regras. Vou tentar sentir mais a essência e os puns do amor. Vou me embriagar, me sufocar, me afundar nos livros de auto-ajuda, vou compartilhar... É! Vou compartilhar mais, afinal é disso que o amor se trata! Não quero ser rotulada! Quero ser louca e quero o meu amor louco comigo. Quero acordar e rir de mim, caçoar do meu companheiro. Contar estrelas no céu e dar nomes à elas! E as quero só para mim! Se eu errar a contagem, começo tudo de novo, afinal tenho muito tempo para contar estrelas! Vou oferecer uma, apenas uma ao meu amor. Isso prova que sou romântica e louca ao mesmo tempo e que nesta vida, de romântico e louco, todo mundo tem um pouco!"

P.S: (Mr.Jones) Jackie, sou um louco por amor, faço loucuras pela mulher amada e quero cometer mais maluquices ainda nessa vida. Porque nessa vida que já anda tão fria e sem sal, se eu não colocar meu tempero peculiar, eu  me mudo para outro planeta. (Mr.Bola de Vênus)

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